Eneva: Bradesco BBI eleva recomendação para ação da companhia, com avaliação relativamente atraente
03 Junio 2024 - 9:03AM
Revista ADVFN
O Bradesco BBI elevou a recomendação para ação da Eneva de
market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à
neutro) para outperform (desempenho acima da média do mercado,
equivalente à compra), pois vê o papel com uma avaliação
relativamente atraente que não precifica nenhum crescimento
futuro.
A equipe de research do BBI estima que a Eneva (BOV:ENEV3) está
sendo negociada a uma taxa interna de retorno (TIR) real implícita
de 12%, cerca de 600 pb acima do rendimento real dos títulos de
longo prazo do Brasil (NTN-B), que considera atraente,
proporcionando uma boa margem de segurança à luz dos riscos
(despacho e implantação de capex para construção do Azulão). Com
isso, optou por elevar de R$ 14 de R$ 16, um potencial de
valorização de 29% frente a cotação de fechamento da última
sexta-feira (31).
O BBI também disse gostar do (i) histórico positivo de alocação
de capital da Eneva; (ii) posicionar-se como um desenvolvedor
integrado de E&P de gás/energia térmica, o outro lado da moeda
para o crescimento de longo prazo do Brasil em energias renováveis;
e (iii) o seu papel na transição energética, sendo o gás onshore
barato um primeiro passo necessário para substituir o diesel/óleo
combustível nas indústrias nas regiões norte/nordeste do
Brasil.
Por outro lado, comenta que a alavancagem financeira (dívida
líquida/Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações) de 4,1 vezes é relativamente alta, mas a
desalavancagem gradual da Eneva parece altamente provável, mesmo em
um cenário conservador de despacho.
Organicamente, o banco projeta que a dívida líquida/Ebitda deve
cair para 3,7 vezes até o final de 2025, 3,1 vezes até o final de
2026 e cair para 2,1 vezes em 2027, quando a UTE Azulão entrar em
operação.
Já o leilão de capacidade do Brasil planejado para o final de
2024 poderia ser um gatilho de médio prazo, na avaliação do BBI,
uma vez que o Parna I e III da Eneva estão entre os ativos de
geração térmica mais competitivos, exigindo muito pouco ou nenhum
investimento.
De acordo com relatório, a Eneva também está a trabalhar, entre
outras frentes, no desenvolvimento do seu negócio de fornecimento
de gás natural liquefeito (GNL) em pequena escala e a ponderar
possíveis movimentos de fusões e aquisições, como as aquisições de
algumas das centrais térmicas da Eletrobras (ELET3).
Com base apenas nos ativos existentes e projetos em
desenvolvimento da Eneva, BBI estima que o EBbitda (lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização) crescerá cerca de 80%
até 2027, uma boa taxa de crescimento anual compostas (CAGR) de 16%
nos próximos quatro anos. A previsão de Ebitda para o ano fiscal de
24 está 4% acima do consenso da Bloomberg, enquanto para o ano
fiscal 25/26 o Ebitda do BBI está 16% acima.
Informações Infomoney
ENEVA ON (BOV:ENEV3)
Gráfica de Acción Histórica
De Oct 2024 a Nov 2024
ENEVA ON (BOV:ENEV3)
Gráfica de Acción Histórica
De Nov 2023 a Nov 2024