Oi aguarda definição do TCU sobre adequação à concessão, esperando que isso ocorra dentro de até 60 dias
28 Marzo 2024 - 1:01PM
Revista ADVFN
A Oi segue seu périplo para negociar com seus credores e agentes
reguladores, para seguir com suas atividades. Na apresentação dos
resultados do 4T23, a operadora de telecomunicações informou que no
último dia 23 de março ocorreu a conclusão da fase de negociação
pela comissão SecexConsenso do TCU (Tribunal de Contas da União),
de uma solução acordada entre a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) e a empresa relacionada aos contratos de
concessão.
“Será respeitado um rito de governança de validação dos termos
do acordo por todas as partes anteriormente à apreciação do
Ministério Público de Contas do TCU e depois pelo próprio colegiado
de TCU”, disse Mateus Bandeira, CEO da Oi (BOV:OIBR3).
“Esperamos uma definição do colegiado do TCU entre 30 e 60 dias,
no máximo”, acrescentou. O acordo que depende de ratificação e
busca a confirmação das premissas do plano proposto pela Oi,
inclui, segundo o CEO, a autorização para que companhia possa
desmobilizar toda a infraestrutura os serviços associados à base
legada, e implantar uma nova solução tecnológica para atendimento
de clientes onde a OI é a única prestadora de serviço.
Modelo flexibilizado
Além disso, a operadora tenta ainda a venda de ativos,
permitindo que a empresa se monetize. De acordo com a Oi, a
proposta que tramita no TCU busca um modelo que dê flexibilidade
para melhor administrar os serviços do legado e os custos do
legado.
“Nós temos plano forte de redução de custos, que visa capturar
muitas eficiências com foco no descomissionamento do cobre
(tecnologia tradicional utilizada na sua rede) e ações de migração
de clientes, com foco na sustentabilidade da empresa no longo
prazo”, comentou Bandeira.
Evolução da RJ da Oi
O executivo também espera evolução do processo de recuperação
judicial. No dia 25 de março foi realizada a assembleia geral de
credores (instalada no dia 5 de março), que foi concluída no dia 26
último, onde a empresa chegou a um consenso com a maioria dos
credores de classe 3 e fornecedores take or pay (de longo prazo)
sobre as principais condições comerciais do plano de recuperação
judicial (RJ).
“Embora ainda seja necessário evoluir discussões sobre os termos
importante que deve refletir no documento final, nós vemos esse
acordo com os credores como marco importante para aprovação do
plano na assembleia geral de credores, que está marcada para o dia
10 de abril”, destacou Bandeira.
Segundo o CEO, há ainda a expectativa de obter um empréstimo
ponte no mês de abril no valor de até US$ 650 milhões, garantindo
liquidez imediata para a companhia. A dívida total submetida à RJ é
de cerca de R$ 30 bilhões.
Foco da nova empresa
A Oi vem direcionando seus esforços de recuperação no mercado
com a expansão da operação de banda larga em fibra ótica,
destacaram os executivos. Nesse segmento, a Oi alcançou 4 milhões
de casas conectadas em 2023, com crescimento anual de 3%. A Oi
Fibra é hoje o principal produto da companhia, representando cerca
de 46% da receita da empresa no seu novo formato.
OIBR3: Ação caem
Após a divulgação dos resultados, as ações da Oi recuavam 2,94%,
por volta das 13h15, cotadas a R$ 0,66.
Na mínima histórica, atingida entre os meses de setembro e
outubro do ano passado, a ação chegou a valer R$ 0,57.
O papel sofre influencia também do novo agrupamento de ações
proposto pela companhia, na proporção de 10:1.
Ou seja, quem detiver 10 ações, ao preço atual de tela, de R$
0,66, passará ter 1 papel, valendo R$ 6,6. Quem tiver 100, passará
a ter 10; e 1000 irá para 100.
O valor final da posição em carteira não se altera, mas,
geralmente, ações que promovem agrupamentos abrem espaço para novas
desvalorizações.
Informações Infomoney
OI ON (BOV:OIBR3)
Gráfica de Acción Histórica
De Abr 2024 a May 2024
OI ON (BOV:OIBR3)
Gráfica de Acción Histórica
De May 2023 a May 2024